Quarta-feira, 03 de Julho de 2024 - 00:00:00

SBC

MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
Secretaria de Educação

EMEB: ______________________________________________ DATA: _____________

NOME: ________________________________________________TURMA:_________

 

LEITURA DE TEXTO 1

OBJETIVO: AMPLIAR O CONHECIMENTO POR MEIO DA LEITURA DE TEXTOS LITERÁRIOS.

ORIENTAÇÃO: LER O TEXTO E OBSERVAR AS QUESTÕES PARA MAIS ENTENDIMENTO.



LEIA A HISTÓRIA ABAIXO

O velho, o menino e a mulinha (Monteiro Lobato)


O velho chamou o filho e disse:

  • Vá ao pasto, pegue a mulinha e apronte-se para irmos à cidade, que quero vendê-la.

O menino foi e trouxe a mula. Passou-lhe a raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé, puxando-a pelo cabresto. Queriam que ela chegasse descansada para melhor impressionar os compradores.

De repente:

  • Esta é boa! - exclamou um visitante ao avistá-los. - O animal vazio e o pobre velho a pé! Que despropósito! Será promessa, penitência ou caduquice?

E lá se foi, a rir.

O velho achou que o viajante tinha razão e ordenou ao menino:

  • Puxa a mula, meu filho! Eu vou montado e assim tapo a boca do mundo. Tapar a boca do mundo, que bobagem! O velho compreendeu isso logo adiante, ao passar por um bando de lavadeiras ocupadas em bater roupa num córrego.
  • Que graça! - exclamaram ela. - O marmanjão montado com todo o sossego e o pobre do menino a pé... Há cada pai malvado por este mundo de Cristo. Credo!. O velho danou-se e, sem dizer palavra, fez sinal ao filho para que subisse à garupa.
  • Quero só ver o que dizem agora.

Viu logo. O Izé Biriba, estafeta do correio, cruzou com eles e exclamou:

  • Que idiotas! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez. Assim, meu velho, o que chega à cidade não é mais a mulinha; é a sobra da mulinha.
  • Ele tem toda razão, meu filho; precisamos não judiar do animal. Eu apeio e você, que é levezinho, vai montado.

Assim fizera, e caminharam em paz um quilômetro, até o encontro dum sujeito que tirou o chapéu e saudou o pequeno respeitosamente.

  • Bom dia, príncipe!
  • Por que príncipe? - indagou o menino.
  • É boa! Porque só príncipes andam assim de lacaio à rédea.
  • Lacaio, eu? - esbravejou o velho. - Que desaforo! Desce, desce, meu filho e carreguemos o burro às costas. Talvez isso contente o mundo.

Nem assim. Um grupo de rapazes, vendo a estranha cavalgada, acudiu em tumulto com vaias:

  • Hu! Hu! Olha a trempe de três burros, dois de dois pés e um de quatro! Resta saber qual dos três é o mais burro.
  • Sou eu! - replicou o velho, arriando a carga. - Sou eu, porque venho há uma hora fazendo não o que quero, mas o que quer o mundo. Daqui em diante, porém, farei o que manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já que vi que morre doido quem procura contentar toda gente.

Reflita sobre sua leitura e reponda:

1 - Qual poderia ser a moral que expressa a realidade da história:

    • Antes só do que mal acompanhado
    • Quem tem boca vai a Roma
    • O mundo é dos espertos
    • Não se pode agradar a todos

2 - Na sua opinião qual teria sido a melhor decisão:

    • Ir levando a mula pela rédea
    • O idoso ir montado
    • A criança ir montada
    • Os dois montarem
    • outra ideia:  

3 - No trecho: “Que despropósito! Será promessa, penitência ou caduquice?”, a palavra destacada significa:

  • uma promessa.
  • um milagre.
  • uma punição. 

4 - Releia o trecho a seguir e responda às questões: "- Por que príncipe? – indagou o menino.

  • É boa! Porque só príncipes andam assim de lacaio à rédea . . .
  • - Lacaio, eu? – esbravejou o velho. – Que desaforo! Desce, desce, meu filho, e carreguemos o burro às costas. Talvez isto contente o mundo . . ."
  • Observe o início do trecho e conclua: o que significa "indagar"?
  • Ao chamar o velho de "lacaio", o sujeito quis dizer que ele era um: (  ) empregado. (   ) um animal. (  ) rei.
  • "Lacaio, eu? – esbravejou o velho." Esbravejar é o mesmo que __________________
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